sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ata da Assembleia Geral Ordinária do Fórum Música Sergipe, realizada no dia 26.4.2011

Às vinte horas e quinze minutos do dia vinte e seis de abril do ano de dois mil e onze, na Sociedade Semear, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária do Fórum música Sergipe (FMS), para tratar da seguinte pauta:

a) Informes;
b) Eleição de Interlocutor com o Fórum Nacional de Música;
c) Discussão sobre a unificação do FMS com o FPMS;
d) O que ocorrer.

Iniciando os trabalhos, Igor, como mediador, abriu os trabalhos com os informes, quais sejam:

• Por Emanuel Garapa: houve contato com o FNM, por e-mail, quando enviou a ata da última assembleia do FMS para seu representante, Théo Ruiz, solicitando orientações. Percebeu que houve contato de outros membros do FMS com Théo a respeito da representatividade de Sergipe nacionalmente.

Assim, iniciou-se um debate sobre a questão da representatividade e das demandas existentes no âmbito cultural local, a exemplo das reformas intermináveis do Teatro Atheneu e do auditório do Conservatório de Música de Sergipe, citadas por Bob Zé; da ausência da lei de incentivo à Cultura, citada por Garapa e à participação de alguns artistas locais selecionados, sem a presença de produtores, em viagem à Europa, cujos critérios de escolha poderiam ser questionados. E neste último ponto, Ton Ramos destacou a problemática dos custos envolvidos em um evento como esse, tais como passagens aéreas, estadia, vistos, e, provavelmente, por esta razão, seja tão difícil enviar um número representativo de artistas a eventos nacionais e estrangeiros. Ainda quanto às demandas, Flori citou a necessidade de se levantar quem faz parte da cadeia produtiva da música sergipana e quais as necessidades desse mercado, para que se cobre políticas públicas.

Retornando aos informes, Garapa avisou que haverá reunião no Acre, cuja data confirmará na lista virtual, do Fórum das Cooperativas Estaduais de Músicos, o que é uma questão importante para a qual o FMS deve atentar, pois se tratam de organizações de classe, como citou Verlane e são entidades mais abertas e mais organizadas, mais atuantes, com funções que vão além das de um sindicato, como explanou Ton Ramos.

Deixando o item “b” da pauta para ser tratado depois, partiu-se para um debate a respeito da unificação do FPMS com o FMS, o que desencadeou uma série de opiniões descritas nas seguintes inscrições:

• Flori: após a sugestão dada por Samírinys de se eleger um interlocutor no FMS para tratar a questão da unificação ou não com o FPMS e o FNM, defendeu que essa decisão deve ser tomada em assembleia, pois envolve questões históricas e ideológicas. E questionou até que ponto há maturidade para se discutir essa problemática. Lembrou que há também a possibilidade da não unificação dos dois fóruns e que, se isso ocorrer, o trabalho deve continuar internamente. Sugeriu que a discussão deve continuar de onde parou: na reunião em que Malva Malvar estava presente e os ânimos se exaltaram quando foi questionada sua legitimidade.

• Verlane: se posicionou claramente sobre a questão da representatividade, fazendo uma explanação sobre a situação. Disse que há um processo de mudança em andamento na música local e que se faz necessário entender o cenário e os componentes da cadeia produtiva, assim como a existência, atuação e legitimidade dos dois fóruns. Vislumbrou que deve haver espaço para todos e todos almejam o reconhecimento de seu trabalho, e esse é um processo includente, que invoca a necessidade de organização e representação. Compartilhou que em um primeiro momento, pensou que quanto maior o número de membros no fórum, mais força teria e grupo. Porém, diante de tantos acontecimentos, concluiu que não, necessariamente. O FMS é um espaço de discussão e não deve ser confundido com outros formatos de entidades de classe. Continuou afirmando que não enxerga o FPMS separadamente de Malva Malvar, cuja atitude julgou eticamente condenável e por isso, não acha viável a unificação.

• Werden: não enxergou maneiras de discutir essa problemática, pois não conhece a história. Sugeriu que se elegesse um interlocutor do FMS para tratar com o FPMS, e posteriormente e conjuntamente, a escolha da representação de Sergipe. Concorda com Flori quanto à realização de assembleia para decidir sobre a unificação ou não.

• Bluesvi: entendeu que o e-mail recebido do representante do FNM, Théo, sugeriu a resolução da questão internamente, entrando em acordo com o FPMS e posicionando o FNM sobre o resultado do embate. Assim, concorda que haja um interlocutor psicologicamente capaz, com abertura para dialogar com o FPMS, afim de dirimir o entrave.

• Verlane: esclareceu a Bluesvi que não há subordinação do FMS ante o FNM e, por isso, aquele terá autonomia para resolver se haverá ou não unificação. Por isso, julga mais adequado que o FMS continue trabalhando da forma atual e que se decida posteriormente quem representará Sergipe ante o Colegiado de Música. Lembrou que, ao ser questionada sobre se concordaria submeter-se ou não à decisão da coletividade, no caso da unificação, Malva não respondeu. Continuou repetindo que comunga das ideias do coletivo. Citou a reação de Deilson Pessoa na reunião em que Malva esteve presente e que, mesmo que agressivamente, julga que a sua atitude demonstrou sinceridade, o que foi válido num momento de tantas discussões e nenhuma solução. Enfatizou que não concordou com a inclusão desse tema na pauta e discorda da unificação, por achar que as prioridades são outras, a exemplo do fechamento do regimento interno.

• Garapa: esclareceu sobre o e-mail de Théo, que foi a favor da unificação, lembrando que só há uma representação de Sergipe ante o FNM. Acha que se criou uma antipatia por Malva Malvar e que Antônia Amorosa estaria concedendo informações errôneas a Théo por e-mail, sobre o FMS. E que esse tipo de contato, que alguns membros do FMS com o FNM compromete o bo mandamento do fórum e traz consequências negativas para as discussões. Frisou, inclusive, que na ata do FNM do dia 13 de abril houve declarações negativas de Amorosa a respeito do FMS. Defende que o mais viável é a unificação. Percebeu que vários membros se retiraram do fórum e continuou afirmando que a união é uma medida inteligente para resolver também essa situação. Sugeriu que houvesse eleição de um grupo para dialogar com Malva, marcando uma assembleia do FMS logo após o encontro. Lembrou que havia uma reunião marcada para o dia 29/03 para resolver essa questão, a qual não ocorreu. Assim, concorda com a resolução ágil através da unificação.

• Igor: afirmou que respeita a coletividade e que não enxergou a questão da unificação da mesma forma que alguns presentes. Disse que o fórum deverá definir se está ligado ao FNM ou se não está. Sugeriu o agendamento de uma assembleia para discutir a retirada da legitimidade de Malva no Colegiado. Quanto ao andamento das reuniões, pontuou que devemos ter cuidado com o modo de nos dirigirmos aos demais membros e com a forma que devemos expor nossas ideias. Não achou irresponsabilidade de Garapa ter enviado a ata ao FNM para avaliação. Não defende ninguém individualmente, mas é a favor da transparência sempre.

• Aragão: pontuou que a transparência tem lados opostos, um deles é o risco de se abrir a discussão de forma inadequada e demasiada. Afirmou que as decisões coletivas devem ser respeitadas e ponto. Continuou informando que o FNM tem tido problemas com alguns participantes também, inclusive havendo punição de um deles por passar adiante informações equivocadas sobre o FNM, não correspondentes ao pensamento da coletividade. Atentou para o fato de que a representatividade da Malva funciona por ser esta membro do Conselho de Música do MINC e que houve discussão sobre essa questão da representatividade de Sergipe e da unificação dos fóruns, em BH, na Feira Música Brasil, mas sem definição. E já que Malva ocupa cadeira representativa, o mais óbvio é se cobrar as ações executadas por ela como tal e não partir para a unificação, por ser esse assunto vencido em discussões anteriores. É preciso buscar informações nacionais e saber de quanto tempo é o mandato representativo de Malva para definir ações do FMS quanto a essa questão.

• Verlane: afirmou que concorda em se dar retorno ao FNM sobre o assunto e se dirigiu a Garapa esclarecendo que a ata se torna pública, mas só o é quando há aprovação e aí sim, divulgação. Por isso, julgou sua atitude irresponsável. Não concorda com submissão ao FNM, pois o fórum está num processo de resolução de questões internas. Não há porque acatar a sugestão do FNM; pode haver retorno, mas pode-se trabalhar internamente sobre esse problema.

• Ton Ramos: visualizou uma “ferida aberta” no fórum. Defendeu que as questões pessoais devem se resolvidas externamente às assembleias. Os problemas internos são prioritários, não deixando de dar atribuir gravidade à questão da representatividade. Refletiu que os comentários negativos que surgem devem servir de alerta para a definição de um representante legal do FMS, que precisa de liderança que assuma responsabilidades. Afirmou que a união é válida, mas não é prioridade no momento, mas sim definir pauta para ações. Chamou o grupo a não perder o foco e que há carência de uma representatividade legal. As questões pessoais devem ser deixadas de lado.

• Werden: se incomodou com tantas sugestivas sobre haver transparência ou não dos presentes; não admite que sejam questionadas suas atitudes enquanto membro do fórum por exercer função pública, pois trabalha para o povo de Sergipe e não para partido político; se está atuando no FMS é porque acredita nele e no que possa alcançar. Posicionou-se contra o ato de espalhar discórdia, preferido por Malva e Amorosa e afirmou que até a transparência exige critérios, que devem ser respeitados, assim como seus ritos. Lembrou que há o regimento interno a ser elaborado e que há perda de tempo quando se discutem picuinhas e questões pessoais. Finalizou dizendo que o fórum deve seguir com seus objetivos.

• Garapa: afirmou que a ata foi disponibilizada ao FNM por achar que, na essência, contém o necessário e que não se trata de documento em segredo de justiça, por isso, a enviou a Théo. Disse que, após a manifestação negativa de alguns membros na lista virtual, se certificou junto à assessoria jurídica particular de que não estava agindo ilegalmente. Lembrou do que leu na ata do FNM a respeito desse impasse de Sergipe que precisa de resolução.

• Bluesvi: questionou sobre qual será o posicionamento do FMS em relação ao FPMS, se fará ou não o diálogo para unificação e se terá ou não link com o FNM.

• Flori: julgou que houve sim transparência quanto ao envio da ata ao FNM e disse que as atitudes da Diretoria provisória cabem à própria Diretoria. Que somente os problemas reais devem chegar à assembleia, o que não é o caso. Continuou discorrendo que o FMS é independente, não está subordinado ao FNM e que deve lutar pela autonomia que já possui. Frisou que as demandas da música de Sergipe devem ser prioritárias para o fórum, a curto, médio e longo prazos. O momento pede que haja diplomacia, que devemos ser políticos, pois há uma representação eleita que não será eterna. Sugere que busquemos acordo com Malva, já que foi dito por Garapa que há disposição de sua parte para diálogo. Deve-se buscar também as ações desenvolvidas por ela enquanto membro do Colegiado. Enquanto isso, o FMS deve fortalecer sua identidade e continuar com abertura para discussões diversas.

• Bob Zé: recordou os conflitos existentes na história do FMS, mas independentemente disso, percebeu um prazo estipulado na ata do FNM para que os estados apresentassem seus regimentos e que há indicação desse para a unificação, no caso de Sergipe. Defende que a representatividade de Sergipe, seja do FMS, seja do FPMS deve fazer política de ação e cobrança. Não há porque brigar pelo mesmo objetivo, pelo mesmo interesse. Deve-se superar a questão de Malva e pensar nas políticas culturais do estado. Sugere que a Diretoria provisória realize reunião com Malva para dar retorno ao FNM e resolver o impasse em assembleia.

• Aragão: lembrou que, para resolver a questão da representatividade, deverão participar da respectiva assembleia, membros inscritos no FMS até determinada data. Enfatizou a necessidade de se deixar claro o processo de condução dessas reuniões com o FPMS e que deve haver a intermediação do FNM. Dentro da inscrição de Aragão, Verlane sugeriu que a Diretoria provisória assumisse a interlocução com o FPMS e com o FNM. Aragão, finalizando o debate, sugeriu que Deilson fosse o interlocutor ante o FNM.

• Bob Zé: sugeriu o nome de Garapa como interlocutor, por entender que já existe canal aberto de comunicação desse com o FNM.

Após votação, os presentes concordaram com os nomes de Deilson Pessoa e Emanuel Garapa para serem interlocutores do FMS ante o FNM, agindo conjuntamente e respeitando as decisões coletivas.

Ainda perante votação, foi definido que a Diretoria provisória trataria com Malva Malvar a respeito da representatividade e unificação ou não dos dois fóruns de música de Sergipe.

Nada mais havendo a tratar, lavro esta ata, que vai assinada pelos membros presentes do Fórum Música Sergipe.


A PRÓXIMA ASSEMBLEIA ORDINÁRIA ESTÁ MARCADA PARA 17.5.2011, às 20h: PAUTA A DEFINIR NA LISTA VIRTUAL.