quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ata da Assembleia Geral Ordinária do Fórum Música Sergipe, realizada no dia 25.1.2011.

Às dezenove horas e cinquenta e cinco minutos do dia vinte e cinco de janeiro do ano de dois mil e onze, na Casa Rua da Cultura, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária do Fórum música Sergipe (FMS), para tratar da seguinte pauta:

a) Deliberações sobre a elaboração do Estauto do FMS;
b) Definição de data para reunião conjunta do FMS e o Fórum Permanente de Música de Sergipe (FPMS), intermediada por representante(s) do Fórum Nacional de Música (FNM).

Iniciando os trabalhos, Aragão abriu espaço para os informes, quais foram:

• Por Alexandre Hardman: informou aos presentes sobre a entrevista fornecida ao jornal Cinform a respeito da perseguição da Emsurb sofrida por ele, que constará na edição do dia 31.1.2011;

• Por Alemão: informou que nos próximos dias serão disponibilizadas no fórum virtual novas propostas da Funcaju relativas à música, a exemplo do que foi feito com o projeto “Ossos do Ofício”;

• Por Verlane: encontra-se disponível ainda no fórum virtual o questionário, instrumento de sua pesquisa sobre a música do estado, para fins de contribuição na elaboração.


Entre os informes, houve a manifestação do Presidente do Movimento “Salve”, Tonico, que se negou a assinar a lista de presença, alegando que esta poderia ser utilizada para outros fins. Manifestou-se também a Presidente do FPMS, Malva Malvar, no ato do informe dado por Alemão, sugerindo que as ações da Funcaju e do Governo deveriam ser igualitárias e que havia nos Conselhos de Música do Brasil representatividades legítimas instituídas em cada estado.

Antes de adentrar a pauta, Alemão solicitou que fosse tratado como cidadão e profissional da música, e não como representante do Governo, pois estava presente na reunião enquanto membro do FMS, professor e profissional da música sergipana.

Adentrando a pauta, foi proposto por Aragão, no item “a”, que se criasse uma comissão de elaboração do Estatuto, a ser apresentado na próxima Assembleia, já marcada no calendário oficial para o dia 22.2.2011. Dentre os voluntários, foi votado e aprovado por maioria absoluta que a referida comissão será composta pelos membros:

• Antônio Rogério;
• Samírinys Alves Pereira;
• Deilson Pessoa;
• Werden;
• Alemão;
• Igor Mangueira;
• Serginho;
• Tom Ramos.


No item “b”, foi votado e aprovado por maioria absoluta que a data a ser sugerida ao FNM e ao FPMS para a reunião conjunta sobre a representatividade da música sergipana ante o foro nacional, será 29.3.2011, devendo ser definido até lá como se dará o custeio das despesas com transporte e estadia do(s) representante(s) do FNM que intermediará(ão) a citada reunião.

Porém, antes da deliberação acima, foi aberto debate a respeito do item da pauta, cujos inscritos e respectivas colocações seguem:

• Malva Malvar: afirmou que foi eleita representante da Música em Sergipe, de forma direta, pelo FMS e em sua atuação adquiriu posto no Colegiado do Ministério da Cultura (MINC). Afirmou também que não se comprometeu a custear despesas com transporte e estadia do(s) representante(s) do FNM, como dito por Deilson na exposição do item em assembleia;

• Joaquim: enfatisou que este é um momento crucial para a música de Sergipe, e sugeriu que as questões levantadas sobre a divisão da classe poderiam se resolver com a unificação dos dois fóruns, o FMS e o FPMS;

• Verlane: por haver presentes pessoas que não participaram do processo de formação dos fóruns, esclareceu que Malva Malvar foi eleita, mas que, no decorrer de seu mandato, tem agido sem a participação do FMS e fundou repentinamente o FPMS. Em Assembleia ocorrida em data passada Malva havia se retirado do FMS. Verlane afirmou que Malva agiu de forma equivocada e questionou-a sobre a possibilidade de unificar os dois fóruns sem liderá-los;

• Eduardo Prudente: chamou os presentes à ação, à discussão sobre a lei de implantação do ensino de música no estado, ao acompanhamento dos editais junto ao Governo e à afinação do pensamento para melhorar o fluxo das reuniões;

• Tonico: propôs a unificação dos dois fóruns, desde que Malva Malvar continue coordenando as atividades, valorizando sua atuação e sugerindo dirimir as distorções dos debates e os possíveis favorecimentos políticos. Nomeou, ainda, o FMS como o “Fórum do Governo de Sergipe” e lançou à reflexão a interrogativa “onde está o progresso da música em Sergipe?”;

• Aragão: afirmou que o FMS tem o direito de cobrar de Malva os resultados de sua atuação enquanto membro do Colegiado do MINC e representante da música do estado. Esclareceu que o FMS, autonomamente, abriu diálogo com o FNM para discutir políticas públicas. Atentou para a importância da elaboração do Estatuto e da valorização da coletividade, repudiando a criação deliberada de outros fóruns de forma irregular. Enfatisou, ainda, a necessidade de a categoria eleger um delegado e um suplente para representá-la nacionalmente;

• Antônio Rogério: lembrou que esteve na Feira de Música Brasil 2010 e reconheceu a representação de Malva como legítima ante o FNM, e que ela expôs os acontecimentos estaduais na Feira. Antônio Rogério afirmou que Malva se apropriou da liderança enquanto as reuniões do FMS não contavam com a presença dos membros. Ao mesmo tempo, Antônio colocou em prioridade a demanda do cenário musical sergipano e propôs a unificação dos fóruns;

• Negão: levou o debate a outro viés, solicitando ações de cobrança ao governo para resolução da problemática da “Poluição Sonora”, que tem tolhido os artistas em diversas apresentações;

• Bob Zé: retomou a questão da representatividade, incompreendendo como esta ocorreu e afirmou que só a partir da cisão dos fóruns – ou criação do FPMS – é que passou a ter acesso virtual às informações e discussões do FMS. Sugeriu que se extermine a desunião da classe e que se superem as diversidades, avaliando ações irregulares e deliberando a respeito;

• Alex Santana: convidou a categoria para unir-se, reelegendo seus representantes legais e diluindo ações equivocadas. Propôs também o agendamento da reunião conjunta para dissolução dessas questões;

• Verlane: atribuiu maior seriedade à origem do FPMS, à questão da cisão, e sugeriu que antes de haver unificação dos fóruns, se faz necessário resolver a questão complexa da representatividade de Sergipe ante o foro nacional. Frisou que a atual representante ofendeu o FMS e que se equivocou ao se dizer pressionada a se retirar do FMS;

• Tom Ramos: convocou os presentes para acompanhar os procedimentos do FPMS, para os membros comparecerem às reuniões desarmados e dispostos a definir ações, corrigir falhas, trabalhar em parceria e ver o FMS como coletividade. Aproveitou para dar boas vindas a Tonico, desde que se faça presente para discutir melhorias para a música local;

• Igor Mangueira: lançou um discurso apaziguador, observando a necessidade de se ouvir os dois lados, merecedores de defesa. Ao abrir espaço em sua inscrição para Malva, e acerca da afirmativa desta sobre sua ação diante da inércia e do favorecimento político existente no FMS, Igor frisou que mais importante que buscar os motivos da criação do FPMS, é que os fóruns cheguem a um consenso e à união;

• Malva Malva: questionou quem participa do CD “Musica From” e informou que sugeriu ao Plano Setorial de Música a criação de uma linha de crédito acessível para a construção de acústia adequada nos estabelecimentos. Expôs que contribuiu para a música sergipana e que não obtém nenhum tipo de remuneração para atuar e que adquirira dívidas pelo trabalho enquanto representante da música estadual;

• Wener Brasil: fez analogia à sua experiência na formação do Fórum de Música de Pernambuco, cujo exemplo deve ser seguido no sentido de articular-se com outras associações representativas da Música existentes no estado, valorizando o artista local. Colocou-se à disposição como produtora e propôs que os ânimos se apaziguassem;

• Tonico: sugeriu que os componentes do FMS deveriam ser os músicos e não componentes do Governo. Acusou o FMS de inércia, indignando-se com a divulgação e realização de eventos musicais e a não interferência do FMS nestes;

• Gentil: mostrou que a exclusão dos artistas pelo governo e na própria classe o incomoda e isso deve ser previsto no Estatuto;

• Aragão: defendeu que durante um ano foram utilizados mecanismos de ação do fórum. Atentou para a necessidade de a categoria se organizar, institucionalizar o FMS e buscar ações integradas para participar dos eventos do estado de forma fortificada e estruturada;

• Serginho: voltou a tratar da questão da poluição sonora, onde conseguiu avanços, a exemplo de consulta feita ao Crea/SE sobre o assunto, que criticou a competência da Emsurb e da Polícia Ambiental. Chamou o fórum para defender a causa e apresentar denúncia ao Ministério Público contra a Emsurb e a Polícia Ambiental;

• Deilson Pessoa: constatou que há várias versões sobre a cisão e que é complexo seu esclarecimento total. Dirigiu-se a Malva como pessoa que “lida com a mentira” e que, portanto, sua representação da classe é inviável. Dentro de sua inscrição houve a exaltação de Malva Malvar e sua retirada do recinto após pedir provas a Deilson da afirmativa. Após o ocorrido, Deilson continuou, observando que quando o assunto é a representatividade por Malva Malvar, as discussões do fórum travam e que é necessário estruturá-lo para executar ações efetivas;

• Pascoal: em visita à reunião do fórum, resolveu defender-se sobre a acusação feita por Tonico de não tê-lo atendido e disponibilizado espaço em seu programa televisivo e colocou-se à disposição para atender aos artistas de Sergipe, comprometendo-se sempre com a verdade e a qualidade musical;

• Antônio Rogério: absorveu as falas e lembrou que a Assembleia não se constitui tribunal de júri e o mais importante é discutir ações em prol da música sergipana. Lembrou também de sua eleição como delegado para representar o FMS em Brasília, mesmo sem quorum e que faz-se necessário a construção do Estatuto e a criação de objetivos que atendam às demandas emergenciais locais. Repudiou as ofensas existentes na reunião dos dois lados e sugeriu agendamento de reunião para tratar somente desse assunto polêmico.


Encerrando-se as falas, ficou definido que as demandas emergenciais deverão ser apresentadas por cada segmento do mercado da música sergipana e que a data da reunião conjunta será 29.3.2011, a ser confirmada com o FNM e o FPMS.

Nada mais havendo a tratar, lavro esta ata, que vai assinada pelos membros presentes do Fórum Música Sergipe.


PAUTA DA PRÓXIMA ASSEMBLEIA, MARCADA PARA 22.2.2011:

a) Aprovação do Estatuto;
b) Análise das demandas do mercado musical sergipano;
c) O que ocorrer.

2 comentários:

  1. É sempre muito burocrático querer "algo" e tratando-se de Sergipe nem se fala. Tudo muito cheio de obscuridades, enfim.
    Temos realmente que fazer algo para promover uma harmonia entre nós músicos e o público estadual primeiramente, só esse fator de estarmos nos unindo já é de grande valia. Vamos em busca de respeito aonde formos, pra isso estamos trabalhando não é?!

    Que tenhamos dias melhores.

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  2. A perseguição foi da Policia militar e não da emsurb

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