sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

NOTA PÚBLICA

NAS SEMANAS QUE SEGUIRAM APÓS A REALIZAÇÃO DO I SEMINÁRIO MUSICAL EDUCAÇÃO E PROFISSÃO FOI VEICULADO EM ALGUNS SETORES 
COMO SENDO EXPRESSÃO OFICIAL DO FÓRUM MUSICA SERGIPE O TEXTO ABAIXO DE AUTORIA DA JORNALISTA MARTA MARI .
O EQUÍVOCO SE DEU POR CONTA DE AÇÃO ISOLADA DE UM DOS MEMBROS DA DIRETORIA PROVISÓRIA, ATITUDE QUE JÁ FOI DEVIDAMENTE ADVERTIDA.
PARA TOTAL CLAREZA E SEM ATRIBUIR JUÍZO DE VALOR,  O FMS VEM A PÚBLICO REFORÇAR QUE O CONTEÚDO DO REFERIDO TEXTO É UMA LIVRE EXPRESSÃO INDIVIDUAL DE SUA AUTORA, E NÃO UM POSICIONAMENTO DO COLETIVO.



A Crônica do Seminário  por Marta Mari
O CONTEÚDO DESTE TEXTO EXPRESSA A OPINIÃO DE SUA AUTORA


Quando um trabalho como esse, na verdade uma missão, é cumprida com louvor, faço questão de acrescentar às anotações na carreira como jornalista. Da qual me orgulho. 
Fazer parte da pequena, porém destemida e empenhada equipe que realizou o I Seminário Musical na UFS, fez-me sentir como um condecorado de guerra ao voltar para casa.  
O I Seminário Musical (Profissão e Educação) tinha duas missões: A primeira convocar a sociedade civil organizada em Aracaju, no auditório da reitoria da UFS para discutir a Lei 11.769 que obriga o ensino dos conteúdos musicais em todos os níveis da Educação Básica do País, e isto inclui Sergipe sim.
O prazo dado de três anos expirou em agosto.
Para contribuir e fomentar a discussão foi convidada a Professora-Doutora Magali Oliveira Kleber, da Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR) Ph.D. em Educação Musical e atual presidente da Abem – Associação Brasileira de Educação Musical. 
Dra. Magali, uma premiada pianista que dedica boa parte de sua vida em trabalhos de inclusão social através da Música, no Brasil e no exterior, tirou dúvidas sobre a Lei, indicou possíveis caminhos e se colocou à disposição para continuarmos a luta aqui em Sergipe.
E continua conosco acompanhando o processo político, o comprometimento ético e os trâmites que se apresentam na perspectiva desta trajetória.
A segunda missão era apresentar mecanismos que contribuam para a profissionalização da Música Sergipana. “A Bahia com um limão (axé) faz uma limonada, nós sergipanos temos o limoeiro inteiro e não fazemos nada”. 
Pesquisas revelam que há mais de dez células musicais, parte do patrimônio simbólico da cultura sergipana, não exploradas comercialmente e que poderiam estar gerando trabalho e renda por sua originalidade.
Na abertura do Seminário o Sr. Clodualdo de Oliveira, especialista em criação de cooperativas apresentou uma sugestão.  
A criação de uma Cooperativa de Música Sergipana serviria também como convocação da categoria e uma forma de agregar a classe, que anda dispersa nos últimos tempos.
Os Estados do RJ, AC, SP, MG, PR, RN, PA, AM, AL e PI já possuem.
E no encerramento, em uma Mesa Redonda coordenada pelo Professor-Doutor Florisvaldo Rocha (Departamento de Educação UFS), a Professora–Doutora Verlane Aragão (OBSCOM UFS), entre outros convidados, mostrou que através da Economia Criativa é possível sim, comercializar este limoeiro inteiro, que na verdade é um pomar.
Inspirado no I Seminário, um projeto de alcance pedagógico e de preservação e divulgação deste patrimônio começou a ser apresentado aos músicos, compositores, professores, historiadores e intelectuais sergipanos. 
Sergipe é um Estado Musical, e o sergipano além de ter bom ouvido é democrático. Ouvimos de tudo e recriamos com excelente qualidade praticamente todos os ritmos. É chegada a hora de começar a tocar os nossos. E ensinar os meninos e meninas, pois temos compromissos com as novas gerações.  
E se nós, da Sociedade Civil Organizada, por omissão, covardia, incompetência, ou apenas desleixo, perdemos praticamente uma geração inteira para a epidemia do crack, temos mais do que obrigação moral de tentar salvar esta que está vindo. 
A chegada da Música irá trazer acima de tudo ALEGRIA, neste cenário desolador de escolas caindo aos pedaços onde entre tantos educadores, professores e professoras que se dedicam por amor e comprometimento ao ofício, infelizmente encontram-se infiltrados corruptos miseráveis que mediante ações explícitas ou tácitas roubam até a comida das crianças.
Neste país, onde miseráveis corruptos, mediante ações explícitas ou tácitas roubam até a comida das crianças, pelo menos permitam que elas alimentem o espírito de Música, já que a comida... 
O I Seminário Musical, realizado no dia 21.11.2011 na reitoria da UFS, que se ressentiu da ausência do reitor, Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos Subrinho, mas com a presença de autoridades e representantes de classes da Sociedade Civil Organizada, abriu o questionamento para mudar o panorama de um futuro nada promissor, no qual a Educação Musical implementada com qualidade tem um papel importante na formação destes pequenos cidadãos que estão vindo. 
Que se façam mutirões de músicos, professores e estudantes de Música nas localidades com menor IDH, que se utilize o Método do Passo, que se utilize a Internet e salas de Informática, que se utilizem latões de metal, pandeiros, tambores, chocalhos de arroz e berimbau, mas que se faça isso urgente e abrangente.  
É sabido que vários já estão na luta, como soldados da Infantaria largados à própria sorte. Está na hora de chegar os reforços.
Fazer parte da pequena, porém destemida equipe do I Seminário Musical consumiu muito mais neurônios dos que os reservados, causou gastrite, decepções de toda natureza com pessoas físicas, jurídicas e órgãos públicos, causou insônia, causou raiva de ver pequenezas nos que deveriam ser mostrar grandes, mas causou no final de tudo muita alegria.  
Quando pessoas se unem em prol de algo nobre, e mesmo tendo uma poderosa força contrária tentando impedi-las, parece que algo acima do plano material conspira a favor.
E tudo dá certo no final.
Uma potente semente foi plantada e esta mesma Sociedade Civil que se organizou, vai se juntar de novo, em breve. 
E novamente faremos cobranças e apresentaremos sugestões. 
E agora me posiciono pessoalmente.
Antes que surja outro Secretário de Estado mal-informado tecendo comentários maldosos e equivocados sobre meu curriculum profissional, identifico-me mais uma vez:
Sou Aracajuana, 42 anos, nascida e criada na Praia de Atalaia, Jornalista INDEPENDENTE, sem filiação partidária, e com muitos serviços prestados aqui em Sergipe e no Rio de Janeiro.
Oposição farei sempre. Contra governos populistas e demagógicos, contra ditaduras, contra a mentira, contra a maldade explícita e velada, e acima de tudo contra a mediocridade. 
Gandhi, sempre polido e elegante disse uma vez: “primeiro te ignoram, depois te ridicularizam, depois te combatem, e no fim, você vence!”. 

Marta Mari

Jornalista – DRT 662/SEAracaju, 22 de novembro de 2011
*Marta Mari é jornalista e compositora e prestou trabalho voluntário na Comunicação e Marketing do evento. 

Ficha Técnica:
Produção Executiva: Emanuel Garapa e Bob Zé
Comunicação e Marketing: Marta Mari
Produção e Captação: Leanne Morais
Alimentação: Elisângela Rosa e Equipe (Tatiane, Lenúcia, Rafael e Cleiton) Curso de Gastronomia da Faculdade Serigy
Atrações Musicais: Pedro Mendonça, Júlio Rêgo, Guga Montalvão, Alberto Silveira, Igor Mangueira, Kleber Melo, Beto... e Bob Zé
Apresentação: Flávia Lins
Fotógrafo: Vinicius Fontes  
Equipe de Apoio: Júnior, Alex, Fio, Joyce e Gervenson
Assistência Técnica (Informática): Cláudio Melo
Lay-out impressos: Sidney
Arte-finalistas (Material Gráfico, VTs e Spots): Thiago, Deílson, Emanuel e Marta 
Transmissão Internet: Thiago Hora, Deílson Pessoa e Tarcio Hugo Gouveia
Palestrantes: Profª. Drª Magali Kleber, Profª. Drª Verlane Aragão, Profª. Dra. Rejane Harder, e Sr. Clodualdo de Oliveira
Mediador Mesa Redonda: Prof. Dr. Florisvaldo Rocha
Representantes de Autoridades e Órgãos Públicos: Yvana Mota Soares (Seed), Marcelo Rangel (Secult), Heitor Mendonça (Deputado João Daniel), Maria Vanira Rodrigues (Conselho Municipal de Educação)
Legendas:
Foto 01 – Inscrições 
Foto 02 – Café Pequeno (Pedro Mendonça, Júlio Rêgo, Guga Montalvão) Participação Especial Alberto Silveira
Foto 03 –  Clodualdo de Oliveira – Cooperativismo e Cadeia Produtiva da Música
Foto 04 – Dra. Magali Oliveira Kleber – Presidente da Abem
Foto 05 – Mesa Redonda: Educação, Cultura e Economia Criativa (Marcelo Rangel, Verlane Aragão, Rejane Hadear, Maria Vanira Rodrigues. Florisvaldo Rocha)
Foto 06 – Emanuel Garapa – Diretor do Fórum de Música de Sergipe
Fotos 07/08 – Público
Foto 09 – Confraternização de Encerramento
Foto 10 – Flávia Lins (apresentadora)
Fotos 11/12 – Exposição Coletiva de Artes Plásticas: Sérgio Silveira, Lana, Augusto César, Marcelo Roque e Jamisson Madureira
Crédito: Vinicius Fontes

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